sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Somando-se ao Que



Pelejavam com justiça. Diante a lei e as próprias medidas. Sobre os fortes cavalos (Nenhum e Bobalhões), portando machados e livros onde a lei era escrita, (os Quais) eram chamados cães de guerra.

Zi estava por perto, quando, ao 'Que', perguntaram: 'O que você sabe?'

'Estou aqui para ajudar. Ajudo quem me ajuda. Esta é a lei'.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Subliminar - Mensagem dos deuses astronautas


"Isto é 'o' assalto" - Disse, o Guerreiro enquanto erguia os dois braços, ao Velho Índio - "Desarmado" - O Cacique ria, enquanto defumava as ocas na companhia dos pajés. 

Navegando a Via Láctea, a Nave Terra, conectada aos leitores mundiais, desbrava o espaço subliminar. 

'Com quem estamos falando?' - Perguntou o, abduzido, extraterrestre, aos deuses astronautas. 

Embora pecador, por ser confundido com algum santo ou entidade sagrada (Axé), entes divinos estão vindo diariamente provar o chá. 

Tupã (Pai Nosso) seja louvado :)

À banda (por escrito), o Báh * 

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Tupã Seja louvado


TUPÃ SEJA LOUVADO

O imigrante perguntou ao índio, o porquê estava a sós. Respondendo, o guerreiro disse: 'Não estou só, irmão. Tupã está conosco'. 

'Yo no conosco' - Respondeu, o imigrante, ao guerreiro.

O imigrante nem imaginava quem é Tupã. Ao explicar-lhe, o índio disse: 'Tupã tem vários nomes. Entre tantos; Também chamamos Allah, Jah e Javé'.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Limão à limonada



LIMÃO À LIMONADA

Para alguns, a cura (ou o inferno) era marijuana; Para outros, chimarrão; Mas cachaça (apelido ao irmão, também, conhecido como canha) continuava arrastando-se pelas ruas ou deitado no chão. Exatamente às oito horas; Breja também estava na ressaca. Bino, ainda no edredom. Ninguém sabia o inferno que cada qual conheceu. Apenas, que 'Canha' deveria beber água; E 'Breja', beber chimarrão.

O café estava servido, enquanto muitos dormiam. Destra tribo, salvou-se quem encontrou o próprio remédio. Alguns ainda evitam o sal; Ou evitam o açúcar. Alguns preferem churrasco; Ou restringem-se às saladas. Eis o limão e a limonada.

*Tributo aos adictos que fugiram, das salas (autoajuda), à cova. 

sexta-feira, 20 de outubro de 2017



O MESTRE E OS VELHOS - ESPÍRITOS  BRANCOS

Ao caminho, o Mestre encontrou dois velhos sagrados. Espíritos brancos que emanavam outra luz (em cores diferentes).

O amarelo, bebendo sentado, chorando, estava sozinho, entristecido, na mesa, no bar.

O outro, fumava sentado no chão.

O mestre perguntou-lhes o que havia ocorrido. O amarelo disse que as filhas d'Diabo haviam lhe sentado para beber. O vermelho disse que as mesmas haviam lhes deixado sentado fumando.

O primeiro chorava; O segundo resmungava irritado.

Em pé, ofereceram, juntos, ao Mestre, justiça na terra (em paz ou na guerra). Pois nem álcool, nem fumo, queriam. Isto era o que tinham. Queriam outras coisas.

Para avançar, crescer e evoluir, em sobriedade, produtividade, razão, moral e saúde; Em pé, emanando luz, tornaram-se espírito uno. O primeiro, alcoolista social, pediu água para libertar-se das bebidas. Em pé, juntos, o segundo, pediu ar puro para pensar melhor.

O primeiro, já livre das bebidas alcoólicas, disse: "Deus abençoa". O segundo, livre das madrugadas, respondeu: "Deus ajuda".

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Ao testemunho dos anjos



AO TESTEMUNHO DOS ANJOS 

John Pross era logrado, constantemente, por alguns familiares, que, também, o ajudavam com o básico para sobreviver bem. Desde guri armavam para que se julgasse o próprio Jesus. O pai e o irmão lhes prometeram negócios, carros e imóveis. Porém, faltaram com a palavra.

Pross aproveitou o testemunho dos anjos, anciãos e eguns, para cobrar-lhes nas lojas e terreiros - "Este pessoal está atrapalhando o caminho. Pedi que saíssem da frente. Mas parece que não entenderam".

Com o auxílio dos caboclos, exús e pombas-giro, empenhou os imóveis, carros e empresas dos quais haviam lhe prometido algo, até que tivesse os próprios carros, imóveis e negócio lucrativo. 

Os eguns lhe disseram: "Embora este pessoal trabalhe ao próprio sustento, os quilômetros que caminham, ou correm, por dia, não vale as pernas que têm. Caminhe vinte quilômetros por dia e corra mais que trinta minutos cinco vezes por semana, e manterá à salvo algo com valor maior que as coisas que o trabalho nos oferece".

Os anjos foram testemunhos e o Diabo assinou a encomenda. A lista era demasiada quando referente as demandas (promessas a cumprir). Ninguém, jamais, fizera uma encomenda tão grandiosa no mundo dos negócios, ao envolver o sobrenatural como testemunho. Os cinco continentes acompanham a trama através das mídias.

"Mais vale dirigir uma lata velha do que pensar que tem carro e ter que caminhar na chuva" - Completou Pross - "Estou cansado de receber migalhas. Quero almoçar todos os dias, ir ao cinema, à churrascaria, à praia e à pizaria, sempre que desejar. Quero comprar roupas novas, móveis, eletrônicos, veículos e imóveis. Quero sair à noite, ir a shows e festas. Faço trabalhos com qualidade. Mereço clientes à altura".

"Que assim seja" - Disse, o próprio anjo guardião, ao saber que a linha dos ancestrais fora empenhada, pelos parentes, nas lojas. A descendência espiritual, das linhas, aos filhos e netos deveria, primeiro, passar pelo ressarcimento material (na soma) do que fora agenciado, nas lojas, em banda. Isto era dez vezes o patrimônio familiar (incluindo os relativos). Pessoas de fora, testemunharam e também fizeram encomendas aos próprios descendentes, pois duvidavam que os familiares, e cúmplices, acertassem os valores. 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

O Mestre e o Estado Consciente


Eram seis horas e o café estava pronto. As janelas estavam cerradas; O clima, ameno e o Sol radiante. Ao sair, o Mestre caminhou até o terreiro. Os pássaros cantavam nas árvores ao redor. O orvalho estava nas plantas. O vento estava calmo. 

Ao digitar os primeiros parágrafos, soletrando em voz alta, registrando o quadro no celular, sentou-se sob uma árvore para sorver o caáh. Os entes terrenos vieram até o Mestre que lhes disse: 'Estou sabendo o que está acontecendo, embora, também, nada sei'.

Os espíritos iluminados estavam ao redor. América, já era um terreiro conhecido, onde a obra vem sendo construída. Aos Orixás, o Mestre clamou a união. O equilíbrio natural deveria ser estabelecido. 

O mundo cristão deveria ser recordado dos mandamentos. As leis ancestrais continuavam valendo, além dos tratos formais. Os contratos às escuras, registrados aos Anciãos (Báh), deveriam ser abertos, sobre a mesa, ao ser encarnado a que correspondiam.

As estrelas pareciam inquietas. Os filhos nascidos estavam sendo perseguidos. O desafio atormentava os hereges no mundo em que Deus fora esquecido. Ou, no mínimo, desrespeitado, ou ignorado, quando encontrado nos filhos.

O Criador, disfarçado, ouviu, no coração humano, o quanto a raiva, o ódio e a inveja, doíam aos olhos críticos. A pena, passiva, também, era absorvida como pecado desumano. O 'sim' deveria ser 'sim'; O 'não' deveria ser 'não'. Ou os contratos foram perdidos.

Os Orixás (Santos, Anjos e Guerreiros) derrubaram-se no Mestre, como iniciante Mago (filho-pai e irmão). Perante os lobos, reerguendo-se, demarcou o território e a testa dos envolvidos (frente ao grande bode), que, espelhados em rostos femininos, escondiam as vergonhas (a marca dos pecados). Este era apenas o primeiro dia, testemunhado pelos 'Eus' que defendem o (singular) 'estado consciente'.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

À falsa Meretriz


CAPÍTULOS APOCALÍPTICOS

A prostituta oferecia o cu na lua, como se fosse o respectivo filho. Ao descobrir que, na terra, pediam-no sem, revoltou-se. Enrabados, sem cu, na terra, foram ligados pela médium que os trabalhou no terreiro. Isto acontece pois aceitavam serem enrabados no plano imaginário (lua imaginária). Por isto, foram rifados na terra pelo 'sem'.

Exu-puta foi buscada no puteiro onde bebemos chimarrão. Cá estamos, rindo atoa.

AO ILÊ - ATOS XXVII

A pomba estava ressecada devido à fumaça poluidora das metrópoles. Pediu-me ajuda para largar o álcool por água. Abandou a pilantragem, e a antiga médium, pela santidade que lhe faltava.

Falou-me sobre o vibrador emborrachado e vergonha que trazia nas derrotas que acumulava. Quantos bloqueios recebeu no Whats App. E quantas coisas deixava para depois.

Disse-me, no home office, com orgulho: 'Antes, aqui, que, na rua, com pipocas'.

AO ILÊ - ATOS XXVII.II

Desistiu dos Santos, Anjos e Orixás, frente ao Cristo, pois cultuava os demônios. Desapropriada das linhas pretas, restou-lhe o trabalho e a família. O próprio diabo preferiu entregar-se a Jesus, pela luz que lhe faltava.

Adotados os eguns que desejavam retornar à luz, sorvemos o amargo.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Sr. Baco - Pão e vinho .'.


Sr. Baco - Pão e vinho (Contos Subliminares)

Sr Baco tinha o mesmo nome de um deus. Que, no sincretismo greco-romano, era relacionado a Dionísio (deus do vinho). Casado com o garrafão, recebeu tal apelido, por estar sempre embriagado.

Certo dia, no inverno de junho, Sr Baco encheu o saco por tanto procurar trabalho. Lembrou-se que era aniversário de Santo Antônio. Abriu a geladeira e encontrou mortadelas e margarina.

Sr Baco resolveu peregrinar até a procissão. Embora devoto de outros santos, sempre ouviu falar que Antônio trazia saúde. Caminhando, chegou até a igreja. Viu o povo orando. Uns choravam; Outros riam.

Rapidamente, foi até a sacristia. Confessou-se; Comungou; Orou e pediu perdão: "Perdoe-me 'Toninho'; Terei que levar uns pães. Te trouxe cinco centavos. Deus abençoa o 'sanduba'".

Com sacolas de pães e a mochila cheia, dirigiu-se à residência onde estava a margarina e as mortadelas. Aprontou uma dúzia de sandubas e foi negociar no Parque a um real cada. Dizia a cada freguês: 'Saúde ao trabalho e Deus abençoa Santo Antônio'.

Ninguém entendeu nada. Mas Sr Baco fez vários 'carretos' entre a Igreja e o parque. Naquele dia, sagrou-se conhecido como o 'Guerreiro pelo pão'.
Nem vinho mais bebeu. Foram tantos 'sandubas' à benção, que resolveu retirar a cachaça do capuchino.

* * * 

Dizem que o Santo com Justiça jamais poderia chorar. Preservando-se na seriedade intacta; Sr Baco sempre diz: 'Aqui, trata-se de outra coisa'.

Baseado em uma história real (quem me conhece, sabe). Como diria o ancestral remoto (conselheiro da casa): "Toninho, vi nascer. Era bruxo do Assis".

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Céu e Terra .'.


CÉU E TERRA (Contos Subliminares)

O jovem empreendedor chegou até o rapaz que havia iniciando o próprio projeto e disse: "Sou rico. Isto tudo contruí com o trabalho" - Ocultando o 'sem você' - "Aprenda com o caminho que trilhei". 

O jovem, primeiramente, ouviu o conselho e pensou em se espelhar no sucesso referente. 

Ao pedir entendimento ao E.S., entendeu que seu caminho era único. Embora muitos já tivessem conquistado determinadas coisas que desejava conquistar, jamais os colocou na posição 'Já' ou 'Lá' (por entender 'Isto' como algo inexplicável em si próprio). O certo é que havia algo que lhe fazia sentir-se singular. Ao buscar-se como a própria referência. 

'Isto é o que tenho para conquistar, dentre o que quero, o que Deus quer' - Pensou.

Grato ao empreendedor que lhe ofereceu o 'cofrinho' (como partilha por ter 'chegado' a algum lugar), mantendo o próprio caminho, demarcou céu e terra.

Contos Subliminares

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Sétimo Dia .'.


SÉTIMO DIA 

Minha oração à missa (7º dia) Sr. Cão. Dizem, nos terreiros, que ouviu um 'Heinnnn', ao avistar o Velho Bode, com foice e à cavalo, enquanto dormia, ao reclamar duas vezes ('Qual o problema?' e 'Como é que é?'), quando acusado dos delitos que desconhecia.

Além disto, Sr. Cão, embora tenha engolido terra, ficou sem retorno. Pois sua medida, sempre que acusado, era "Deus perdoa".

Embora o apelido, ria, ao chamar 'Bobalhões', quem se julgava cão.

Dizem que seu erro foi aceitar, ou negar, os ditos 'Cagalhões' ou 'Covardes'. Que; Encilhados, na cozinha, aprontam o café.

Lembro seu conselho que dizia: 'Olhe no olho. Pois, quem avisa, amigo é'.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Mensagem dos deuses .'.


MENSAGEM DOS DEUSES

A história que tenho a contar é diferente das que se conhece. A mitologia grega iniciou das conversas entre os filósofos e as estrelas. Pedindo ajuda e fazendo oferendas, os errantes (planetas solares), baixaram como velhos anciãos. 

'Quem vem a mim, vem ao pai' - Disse Jesus; Assim como raio e trovão se encontram na chuva. 

A porta era estreita e os camelos, demasiados.

Ouvi o chamado antes que reencarnasse. O mundo estava mudado. Os deuses haviam sumido dos cultos. O monoteísmo havia tomado a Terra. No entanto, os velhos mitos continuaram vagando pelas coxilhas e pampas.

O Novo Mundo é uma recriação dos velhos Impérios. Desbravadores enfrentaram o desconhecido para navegar até aqui. Assim, vim, à América, junto aos ancestrais.

Quem sou? O autor. Isto é certo.

O Império grego foi absorvido pelo romano, e expandido em seu apogeu. O sincretismo devolveu, aos deuses, o nome dos planetas solares.

Muitos que recebiam a benção, ao receber os deuses em próprio corpo, desviaram-se, ao julgarem-se o próprio deus.

Judeus e Romanos, imersos às lojas, resolveram acabar com isto. A multiplicação dos deuses, os dividiu (o povo) em dois lados. Como ocorreu na Índia e no Egito.

A fé estava fragmentada.

Imperadores, Filósofos, Generais e pessoas comuns, que recebiam os deuses, equivocaram-se ao julgarem-se os próprios deuses. 

Os errantes, cada vez mais pesados, com tanto feijão, arcavam-se aos quatro pés. No Império Romano, a crueldade foi pior. Quem se julgava, pensava em montá-los.

Venusianos; Jupiterianos ou Marcianos; Filhos dos deuses. Eram tantos que recebiam a graça que a benção se tornou banal.

Fatiados na 'Isto', no próprio 'Eu sou'; Fatiados, às machadadas, com o próprio 'Sou'. Já ser era saída; Julgar-se, ou  ser testemunhado, era a entrada.

Jesus (Je suis) era o nome herdado, pós Babel, relativo ao "Deus Eu Sou". Aquele que comungou os 'Eus' (Zeus); Ou 'Eu sou(s)' (Exús) Cristo.

A lei dos deuses, na época, dizia que a cadeira central teria que permanecer vazia. Quem sentasse no centro seria queimado no Sol. 

Ao ouvir isto dos deuses, Jesus disse: 'Vamos'.

Este foi o primeiro capítulo, anterior aos mil anos que Satanás (líder dos cães), permaneceu na prisão. 

O politeísmo foi absorvido pelo Monoteísmo (Judaico Cristão) pela enésima vez.

Cá estou, trazendo as memórias; Pois o 'médium é a mensagem'.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Tramas


TRAMAS 

O ex-namorado continuava agenciando-a. Pela nada, na terra, lhe oferecia como nenhuma. Pelo seu pai, fazia-se confundir-se com um velho, mesmo sem aceitar se-lo, em hipótese alguma. Ambas entidades, nos eram oferecias, em horários diferentes, na loja paralela. 

O fato é que o falso-agenciador (antigo ex) nunca a aceitou, de fato, nem como nada, nem como nenhuma. Embora a chamasse de filha, para enganá-la. Isto, também, nos era oferecido.

As perguntas secretas diziam: "O que você via em seu pai?"; "Como seu pai lhe via como filha?". "Acredite. É você e sou eu (sou eu mesmo)". Isto tudo era negociado em segredo.

A moça, ludibriada, pedia que os fumantes escolhessem entre o cigarro ou o dinheiro; Os demais, entre a bebida ou o dinheiro; Entre a própria moça ou o dinheiro.

Desmanchado o trabalho, ainda valiam as encomendas. "Você foi pedida aqui". Diziam, em loja e em banda.

Ao zapear várias pretendentes, em uma semana, muitas sobravam às custas da escolhida. Isto só seria anulando quando, uma, apenas, fosse pedida.

"Quem liga uma, liga a segunda e a primeira" - Diziam na banda do 'Isto', enquanto a moça se desligava na tribo dos 'irmãos ou irmãs'. A rosa e o oriente sabiam das tramas, desde o início.

Contos de Paz
pazdornelles.com

terça-feira, 2 de maio de 2017

Importador


IMPORTADOR

Estava uma fumaceira no prédio. A fumaça saia por debaixo da porta. Um vizinho, que era policial, foi averiguar - "Isto é para consumo?" - Perguntou.

Montanha, o morador do apartamento em 'chamas', respondeu - "Capaz; Encontrado o importador; tenho, a dois pila, com oito varetas, vários aromas".

O vizinho da porta da frente ouviu parte da conversa ('tenho a dois pila...'), esperou o policial sair e bateu na porta - "Tchê, tem o bom?".

Com o chá em punho, socando a bomba na cuia da cabaça, disse: "No boteco do José, entra menino, entra velho e entra mulher. Abreviada a sentença, caro Sancho; Eis a erva ao mate".

Sancho era destes vizinhos (assim como vizinhas) imaginário(a)s que surgem das portas invisíveis que existem nas paredes. Conversamos e saiu voando como um camelo.

*Contos de Paz

sábado, 15 de abril de 2017

Na loja do Sr. 'Sem Cu'


NA LOJA DO SR. SEM CU 

Na loja do Sr. Sem Cu', havia Doutor, PHD e Deputado, rifando o feijão. Ao chegar acolá, disse o Mestre: 'Tchê, nem vou te perguntar quanto ao que não tem preço. Só vim avisar que tem gente oferecendo de graça. Uns querem largar a bebida, Uns querem largar o cachimbo, Uns querem largar a farinha. Sabendo em que posso ajudar, considere a encomenda'. 

Ao se despedir, Sr. 'Sem cu', perguntou: 'E vc, bebe ou não?'

O mestre, prosseguindo, respondeu, sem olhar pra trás: 'Hoje, água; Irmão'.

JD'

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Irmãos Guará

Foto by pazdornelles.com

IRMÃOS GUARÁ

Zé Conha e Zé Canha se encontraram no parque. Zé Conha, em abstinência, fumava um crivo. Zé Canha, também em abstinência, bebia chimarrão. No entanto, ambos queriam largar o refrigerante. Estavam na encruzilhada do guaraná.

O clima estava favorável. Entretanto, uniu-se a fome à vontade de comer. Foram até a carrocinha de cachorro quente e pediram um Fruki dois litros. Desde então, vivem os dias em meio às árvores. Foram batizados de irmãos 'Guará' (relativo à bebida preferida).

O legal é que o guaraná salvou suas vidas. Nunca mais foram vistos chapados ou bêbados.

Contos de Paz

1º Ato - O resgate do marido fiel


1º ATO - O RESGATE DO MARIDO FIEL 

Eis que um homem estava dormindo. Sua mulher deixou de ter desejo por ele. Ao despertar na madrugada, viu que ela estava se masturbando. Ao sair ao trabalho, falou ao marido que deveria pagar o dízimo. O marido, foi ao banheiro, chorou frente ao espelho e pediu que a afastasse da falsa igreja dos falsos pastores. Eis que Deus ouviu a prece e salvou aquele homem. Quanto à mulher, nada sabemos.

Dizem, em outros cantos, que o falso pastor havia trocado o E.S. por uma Pomba Giro. Foi descoberto pelas antigas fiéis que resolveram buscar Deus direto da fonte. As antigas fiéis arrependeram-se por ter trocado o Pai (único Pastor Nosso) pelos falsos pastores (com os quais pensavam casar-se antes do casamento).

'O resgate do marido fiel'. 1º Ato (Consumado, pelo poder do E.S., em nome de Jesus).

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Negócios no Parque


POR 'OUTRO LADO'

Ao olhar, demasiadamente, a 'grama do vizinho', encontrou seu sapo, os gnomos e as borboletas. 

- Cuide do próprio jardim; 
- Crie algo novo;
- Viva das próprias ideias.

NEGÓCIOS NO PARQUE

Certa vez, João viu que José estava feliz. Quis saber o porquê. José estava vendendo cachorro quente no parque. Antes, desempregado, agora sorria por ter o que fazer. O fato é que os negócios não iam tão bem. Mas José sentia-se digno, ocupado e produtivo.

João resolveu entrar no ramo. Pensou: 'Posso fazer mais e melhor. Pois tenho tempo, pessoas para ajudar e conhecimento'. João assim o fez. Colocou um trailer de cachorro quente do outro lado do parque.

Dias depois, Joaquim, Pedro e Paulo, também fizeram o mesmo. O parque estava lotado de carrocinhas de cachorro quente. Já não havia mercado suficiente. José estava desolado. Pois foi quem iniciou a ideia. Orou a Deus e pediu que lhe mostrasse a luz.

Joaquim desistiu, e negociou a carrocinha por menos do que havia adquirido. João, abandonou o ramo e destruiu os equipamentos. Pedro e Paulo, foram conversar com José: 'José, o que houve com os negócios?'

'Pois é, o mercado saturou. Está muito lento' - Disse José. 

Pedro e Paulo pensavam em desistir. Mas só fariam isto por algo mais lucrativo. José, então, lhes disse: 'Quem sabe preenchemos o parque com o que ainda não há. Vejo que há pipoqueiros, mas não há churrasquinhos. Vejo que há bebidas geladas, mas não há bebidas quentes'.

Pedro e Paulo resolveram unir-se a José. Pois José era diferenciado ao iniciar primeiro os empreendimentos. O fato é que, embora José tenha começa primeiro, Pedro e Paulo estavam melhores nos negócios. Eram mais conhecidos e ganhavam bem mais. Porém, já não ganhavam tanto quanto no começo. Estavam sendo engolidos pela concorrência crescente.

'Vamos ajudar o José, nos tornando parceiros colaboradores' - Disseram.

Esta foi a grande sacada. Dominaram os parques, as praças e as cidades. Empregando gente, criando novas ideias e investindo em novos negócios.

Eis a importância do que vem na frente; A possibilidade de abrir caminhos e orientar os demais. Não por ser mais ou melhor; Mas por ser o primeiro. 

Contos de Paz*

JD'

quinta-feira, 30 de março de 2017

O aliciamento de Fulana


O ALICIAMENTO DE FULANA

Fulana era feliz com o antigo namorado. Certo dia, discutiram e brigaram. Fulana, irritada, saiu para beber. Na noite, embriagada, conheceu Beltrano. Contou que estava em crise de relação e queria esparecer.

Beltrano se aproveitou da situação. Sairam da festa e foram para casa. Beltrano dizia para Fulana esquecer o ex: 'vem ser minha; seu ex não faz assim'. Fulana ria, mas, ao mesmo tempo, insistia que ainda gostava do ex (chamado Baunilha). Beltrano sentiu ódio. Pôs-la de quatro, e usou-a com raiva.

Fulana, por um momento, teve pena do ex namorado que praticava o sexo com amor. Comentou que queria que o ex fosse assim como Beltrano. Pegada, puxada de cabelo, nomes ousados (tais como puta, vadia, cadela, vagabunda, etc) e expressões fortes (piça na cara, tomar o leite, tomar no cu, etc).

Beltrano sentiu pena do ex que, conforme fulana, é mais lento e silencioso. Beltrano deu um tapa na bunda de Fulana e mandou-a de volta ao namorado. Fulana, saiu falando no telefone. Contado às amigas. Também ligou ao ex que estava chateado.

Ao continuar falando, em banda, no telefone, lhe disseram, através das ondas telepáticas, que Beltrano havia a devolvido ao ex, pois tinha pena dele por ser baunilha e pena dela por ser mais uma.

Fulana continuou ligando o telefone. Em cada ligação o caso se complicava mais. O ex perderia tudo, caso a aceitasse de volta, mesmo sem saber. 

Ao saber que Fulana havia saído a noite, deduziu que teria conhecido alguém, e mandou-a voltar ao hipotético, porém, real, Beltrano. 

Fulana havia sido devolvida aos dois lados e já não era mais de ninguém. No entanto, Beltrano apenas lhe deu um tapa na bunda. Enquanto o ex verbalizou a devolução. 

Fulana também foi assaltada no plano espiritual. Sentiu-se mal. Por ter prazer na raiva, e ser dispensada por Baunilha (o ex que ela amava); Preferiu ranger os dentes, soltar as patas e se entregar à raiva. Ganhou uma marca na testa e começou a esvaziar-se do amor, sem saber.

Outros se aproveitaram de sua fraqueza. Enquanto Fulana fazia o mesmo. Aproveitando-se do que chamamos 'gente boa' ao ser cúmplice do que conhecemos como 'gente ruim'. 

Ser forte, à Fulana, significava romper com tal comportamento. Até conseguir obter, novamente, de modo diferente, maior prazer no amor do que na raiva. 

A pegada era necessária. No entanto, com o amor, em vez da raiva. Fulana ainda não conhecia isto. Pois sentia uma coisa sem a outra, desde que a repartiram em cacos.

Contos de Paz*
pazdornelles.com

quarta-feira, 8 de março de 2017

À Nossa Terra


CONTOS DE PAZ - À NOSSA TERRA *
Mensagem Subliminar

CASA LIMPA

Certa vez, em uma grande universidade privada, morena, faxineira do local, foi humilhada pela superior e mandada embora pelo chefe, pois havia bebido uma coca-cola, que um cliente havia deixado sobre a mesa. O cliente havia ido no banheiro, e pediu o refrigerante quando retornou. 

Morena, de apelido alegria, chorava em tamanha tristeza, enquanto passou dois anos procurando trabalho. Chorava enquanto orava: 'O que fiz meu Deus?' 

Ao ouvir a oração, o Mestre, que a conhecia desde guri, chamou-a e disse: 'Morena; Estás em casa! Esta é nossa terra'. 

Dizem as más, e boas, línguas, que Oxum era a própria Morena. Sendo mandada embora. Até ser encontrada, na terra de origem. Muitos chamavam isto de retorno ou volta. No entanto, Morena sempre diz: 'Estou sempre aqui. Sou daqui'.

À DEFESA DO MANO

Mano passou por situação semelhante. Foi acusado de fechar as portas a uma ex namorada. No entanto, desde a primeira briga, manteve-as abertas.  

O Mano é humano. A espada que pediam que usasse dizia: 'saia'. No entanto, acolhido, lhes retribuímos a frase de Morena. Humano, sempre diz: 'Sou daqui. Estou sempre aqui'.

NOSSA SENHORA

Nossa Senhora ouviu as orações e pediu que Jesus os acolhesse. Desde então, compartilhamos o mesmo pão.

JD'

Conto dedicado aos devotos de Jorge*

segunda-feira, 6 de março de 2017

Desencobrindo


DESENCOBRINDO 

A moça estava preocupada. Bonita e com bom trabalho, foi despachada por alguns ex. Teve outros devolvidos ou deixados à amigas. Não mais poderíamos ajudar quem se nega. Precisaria comê-la para salva-la; Porém, continuava a procurar, atender ligações e responder whats de quem a cagava, sem saber. 

Conhecia tanto palmito que não encontrava mais na lua. Cada lembrança, hoje, tinha um par perfeito. Aliás, chamava, os ex, de fezes, pois entravam por onde saia sua matéria orgânica. A mesma que colocava na boca. Revelações concedidas pela banda paralela, revoltaram quem foi ligado na hora da descarga. A moça estava sendo cagada diariamente.

Os ex, de quem gostava, lhe chamavam de 'tosba'. Por aqui, soa como batata quente. De mão em mão; De galho em galho. Embora desmanchada, ainda polui o lago onde lhe devolviam.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sexta a Sabado


SEXTA A SÁBADO

'O que farás sexta à noite? Dançarás? Beberás? Ou mais do que nos importa?' - Perguntou, Sancho.

'Mais do que nos importa, óbvio' - Respondeu, Dom.

Os pubs estavam lotados. O som tomava as ruas. As bocas, transbordando viciados. O tráfico, ganhando os bares.

Sancho esqueceu-se da agenda. Bebeu, dançou e dormiu quando deveria ganhar o Sol. Dom, precavido, despertou cedo e adiantou o dia.

Dom deixou de se preocupar com coisas efêmeras. Por caminho distinto, mantém o próprio bar, e faz a própria rave, diariamente, no escritório.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Aos Tabuleiros


AOS TABULEIROS

Ouviu-se um grito: 'Prenda!'

Surgiram homens de saia. Os quais se julgaram 'kan' (não conheço) em algum momento da jornada por mais que trezentos dias. Sentiam-se acima dos outros pelo patrimônio material. Foram presos; Usados como mulheres, por duzentos anos.

Sua trama consistia em serem confundidos com o pai. A diferença é que pensavam em 'cu' na hora da bronha. Ofereciam na banda, como se fossem lojas, as mulheres que se rendiam ao giro. Estas procuravam na terra o que chamavam 'isto', enquanto esqueciam do céu ao serem ligadas telepaticamente na hora da 'punheta'.

Algumas destas moças se salvaram quando deixaram de servir aos próprios interesses por grana ou agenciamento. O que lhes foi reivindicado. Servindo, primeiramente, quem evitou escolher entre 'esquerda' e 'direita' Ao dispensarem o que chamavam 'kan' e 'isto' (com 'ss' em vez de 't'), ao escolher o que ocultamos à luz.

Esta história foi contada no Templo por mil anos.

JD'

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Invocados na hora do rola


CONTOS MÁGICOS

O casal vem ao motel. Querida e seu cumplice. A moça planejava fazer baixar a entidade de quem a procurasse na hora do rola. Para isto, engatilhou a conversa das midias sociais em seu smartphone. Utilizaria os espelhos para ligar quem quisesse espiar pela janela do céu. Uma forma de invocar quem a ligasse. Pensava em trabalhar, quem a procurasse, como seu cu. Algo errado aconteceu.

Ao deixar o motel, a moça se viu continuar no local, no espelho do quarto, aprisionada nas imagens que se alteram de hora em hora; Cliente a cliente. Ao ponto de esquecer-se nas luas do imaginário.

Uma das camareiras trabalhava em terreiro e conhecia a trama. Riu, ao encontrar, no quarto, quem seria capaz de invocar alguém de fora. 'Mais um escravo dos espelhos' - Pensou. Colocou-lhe na jaula; Serviu-lhe um pote d'água e ração.

MORAL DA HISTÓRIA


Jamais, invoque outros, fisicamente distantes, em triângulos amorosos. Tampouco, cogite cobiça-los; Muito menos, sem eles. Nem mesmo, seu camelo, seu gato ou seu cão. Há sempre alguém mais esperto que você. Alguns testes custam caro. Leia, antes, os avisos da terra.

Literatura Ficcional