Sr Baco tinha o mesmo nome de um deus. Que, no sincretismo greco-romano, era relacionado a Dionísio (deus do vinho). Casado com o garrafão, recebeu tal apelido, por estar sempre embriagado.
Certo dia, no inverno de junho, Sr Baco encheu o saco por tanto procurar trabalho. Lembrou-se que era aniversário de Santo Antônio. Abriu a geladeira e encontrou mortadelas e margarina.
Sr Baco resolveu peregrinar até a procissão. Embora devoto de outros santos, sempre ouviu falar que Antônio trazia saúde. Caminhando, chegou até a igreja. Viu o povo orando. Uns choravam; Outros riam.
Rapidamente, foi até a sacristia. Confessou-se; Comungou; Orou e pediu perdão: "Perdoe-me 'Toninho'; Terei que levar uns pães. Te trouxe cinco centavos. Deus abençoa o 'sanduba'".
Com sacolas de pães e a mochila cheia, dirigiu-se à residência onde estava a margarina e as mortadelas. Aprontou uma dúzia de sandubas e foi negociar no Parque a um real cada. Dizia a cada freguês: 'Saúde ao trabalho e Deus abençoa Santo Antônio'.
Ninguém entendeu nada. Mas Sr Baco fez vários 'carretos' entre a Igreja e o parque. Naquele dia, sagrou-se conhecido como o 'Guerreiro pelo pão'.
Nem vinho mais bebeu. Foram tantos 'sandubas' à benção, que resolveu retirar a cachaça do capuchino.
* * *
Dizem que o Santo com Justiça jamais poderia chorar. Preservando-se na seriedade intacta; Sr Baco sempre diz: 'Aqui, trata-se de outra coisa'.
Baseado em uma história real (quem me conhece, sabe). Como diria o ancestral remoto (conselheiro da casa): "Toninho, vi nascer. Era bruxo do Assis".
Nenhum comentário:
Postar um comentário