terça-feira, 3 de outubro de 2017

O Mestre e o Estado Consciente


Eram seis horas e o café estava pronto. As janelas estavam cerradas; O clima, ameno e o Sol radiante. Ao sair, o Mestre caminhou até o terreiro. Os pássaros cantavam nas árvores ao redor. O orvalho estava nas plantas. O vento estava calmo. 

Ao digitar os primeiros parágrafos, soletrando em voz alta, registrando o quadro no celular, sentou-se sob uma árvore para sorver o caáh. Os entes terrenos vieram até o Mestre que lhes disse: 'Estou sabendo o que está acontecendo, embora, também, nada sei'.

Os espíritos iluminados estavam ao redor. América, já era um terreiro conhecido, onde a obra vem sendo construída. Aos Orixás, o Mestre clamou a união. O equilíbrio natural deveria ser estabelecido. 

O mundo cristão deveria ser recordado dos mandamentos. As leis ancestrais continuavam valendo, além dos tratos formais. Os contratos às escuras, registrados aos Anciãos (Báh), deveriam ser abertos, sobre a mesa, ao ser encarnado a que correspondiam.

As estrelas pareciam inquietas. Os filhos nascidos estavam sendo perseguidos. O desafio atormentava os hereges no mundo em que Deus fora esquecido. Ou, no mínimo, desrespeitado, ou ignorado, quando encontrado nos filhos.

O Criador, disfarçado, ouviu, no coração humano, o quanto a raiva, o ódio e a inveja, doíam aos olhos críticos. A pena, passiva, também, era absorvida como pecado desumano. O 'sim' deveria ser 'sim'; O 'não' deveria ser 'não'. Ou os contratos foram perdidos.

Os Orixás (Santos, Anjos e Guerreiros) derrubaram-se no Mestre, como iniciante Mago (filho-pai e irmão). Perante os lobos, reerguendo-se, demarcou o território e a testa dos envolvidos (frente ao grande bode), que, espelhados em rostos femininos, escondiam as vergonhas (a marca dos pecados). Este era apenas o primeiro dia, testemunhado pelos 'Eus' que defendem o (singular) 'estado consciente'.


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