terça-feira, 28 de junho de 2016

Uma batalha por si próprio .'.


Um fumante, que estava tentando largar o vício, veio ao centro espírita fazer uma consulta para entender o que estava acontecendo: 'O que está acontecendo? Venho tentando largar o vício, porém, tenho uma sensação de que, nos dias que acordo determinado a optar pelo ar puro, algo me pede para mudar’.

Um dos seus amigos, que lhe invejava um tanto, lhe dizia que isto era desculpa, pois, segundo o amigo, ele não queria mudar. O fato é que o 'amigo' não via o desejo, nem a insistência nas tentativas. Apenas lembrava que o via fumar.

Ao mesmo tempo, o 'amigo' não entendia que, ao fumante (desta história), 'persistir' significava continuar tentando até conseguir. De modo semelhante, significava perseverar nas coisas boas. Nos trabalhos, estudos e atividades físicas. 

O fumante, que desejava, do fundo da alma, o ar puro, pediu que fizesse uma oração a este pessoal que pensava estar 'ajudando'. Porém, o atrapalhavam nos verdadeiros objetivos.

No mesmo sentido, explicou que o tabaco estava lhe ajudando a manter-se longe de outras substâncias por tempo indeterminado. Substâncias químicas mais pesadas que tinha vontade de usar quando saia à noite para beber. 

Falou aos médiuns do centro espírita que sentia uma forma de obsessão oriunda das influências psicológicas de algumas pessoas, tais quais o 'amigo', em interferir em sua jornada. Disse que queria distância de tais influências ou iria impor-se a doutriná-las. 

Eventualmente, lhe chamavam para jogar bola ou pedalar (coisas que ama fazer), nos momentos em que os trabalhos e estudos são prioridades. Geralmente à noite. 

Lhe acordavam de manhã cedo, antes das seis horas, fazendo com que fechasse os olhos e dormisse até as dez. João estava acostumado a levantar em torno das sete. Sentindo alegria quando estende os trabalhos e estudos além das zero horas. 

Os médiuns chamaram os 'obsessores' a uma sessão mediúnica. Oraram e pediram que o 'amigo', e 'companheiros', cuidassem do próprio caminho. 

Pois as chances de João (o fumante) eram maiores quando pudesse usar, por completo, o livre arbítrio. Longe de interferências ‘telepáticas’. Salvo quando solicitasse ajuda e dissesse de que modo preferia. 

João sabia o que queria. Estava decidido e motivado. Mas sentia-se incomodado quando induzido a determinadas escolhas ou mudanças de atitude. As quais são construtivas, e motivadoras, quando partem da própria escolha.

Quando em ambiente natural, João é reconhecido com pai e líder pelos os quais o conhecem há mais tempo. Ou, como bom filho e irmão, pelos familiares mais próximos.

Tal 'amigo', e 'companheiros', não o viam assim. Embora dissessem que desejavam que João se tornasse tal pai e líder.

Os médiuns orientaram João a desconsiderar tais influências. Tornando-se, de fato, o líder do próprio caminho. Abrindo os trabalhos do dia como o poder superior o orienta. Trilhando a jornada que escolher, de acordo com os desejos conscientes e racionais. Desconsiderando tais influências e 'ajudas' não requisitadas. Mas, sim, buscando os aliados que deseja, no caminho que escolheu, do modo como preferir e requisitar.

Ao ir ao escritório, João guardou o maço de cigarros, e fez uma leitura antes do trabalho. Do mesmo modo, ampliou os estudos nos intervalos que utilizava para fumar.

O consumo do tabaco foi reduzindo-se aos poucos. Ao longo de um mês, João consegui passar mais dias por semana no ar puro do que em meio a fumaça.

Com o tempo, longe dos bares e das bebidas alcoólicas, libertou-se por completo. 

Evitando a conexão com tal 'amigo', e consequentes ‘parceiros’, que já não o incomodavam mais, retomou os jogos de bola e as pedaladas noturnas.

Contos de Paz 
*Literatura Ficcional

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