quinta-feira, 23 de junho de 2016

Da fé aos negócios .'.


DÁ FÉ AOS NEGÓCIOS .'. 

No mundo dos negócios, profissionais de mercado, e acadêmicos, eram submetidos ao comércio de subjetividades. Identidades do sincretismo da fé que eram, constantemente confundidas com pessoas comuns. 

A fim de encontrar colocação no mercado, jovens eram induzidos e 'passar-se' por 'entidades' que existem desde antes de suas respectivas gerações. Assim como 'personagens' inventados pela ficção.  

De modo semelhante ao Império Grego, Romano, Hindu e Egípcio, algumas pessoas eram confundidas com 'deuses'. Colocando-se para 'negócio' em prol de benefícios. 

Aqueles que as confundiam eram os quais 'pagavam a conta'. O crescimento material de uns impunha a decadência de outros.

Os impérios desmoronaram quando faltavam 'crentes' de que os 'deuses' eram legítimos.

No mundo monoteísta, ainda cultuam-se diferentes 'divindades' (entidades); Santos, Orixás e Mártires. Os quais imperam devido àqueles que creem em suas respectivas legitimidades. Assim como, por serem, de fato, legítimos. 

O certo é que, testemunhadamente, a quem tem fé, Santos e Orixás são legítimos. No entanto, a tais 'mercadores' maliciosos, as subjetividades se tornaram fonte de comércio. Denegrindo a fé daqueles que creem com todo o amor.

Testemunhos de fé, relatam a 'existência' de tais 'elementais divinos'. Mas nem todos aqueles que são confundidos com tais 'divindades', ou em suas respectivas companhias, pensam deste modo.

Na esquina do futuro, o Mago, disfarçado de mercador, conversou com estudiosos, e profissionais, que desejavam, acima de tudo e de todos, o sucesso profissional.

Quanto a própria fé, e crenças do acreditam ser, parecer ou estar, muitos relataram que seriam capazes de 'negociar' a própria 'pseudo-identidade', em prol de vantagens materiais.

Desmanchando-se os disfarces, cada um mostrou no que realmente acreditavam. Muitos colocavam o comércio, e o disfarce,  em prol dos ganhos, na frente da fé.

Para salvar o 'Império dos Céus', caíram as máscaras dos negociantes, fazendo com que mostrassem como seriam capazes de se 'apresentar' pelas oportunidades.

O mundo da fé estava prestes a desabar. Desmanchando-se por completo. Contudo, adultos com coração de menino, preservaram a crença na legitimidade verdadeira.

O mercado foi ordenado pelos céus que priorizassem tais defensores do sagrado. Poucos concordaram. As 'casas' começaram a ruir, uma a uma. Mantendo-se em pé, como um pinheiro em meio a selva, as moradas construídas sobre a rocha da fé verdadeira. 

Contos de Paz 
*Literatura Ficcional (com gotas de realidade)

pazdornelles.com

Este conto é baseado em uma história real de um jovem, que testemunhou em um terreiro, o pedido de um empregador para entregar a própria identidade (o que sente, crê e pensa de si mesmo), caso quisesse obter a colocação profissional que deseja. O jovem relatou que o seu requisito era manter o que chama de 'anjos da gurda'. Dizendo que, na hora certa e no lugar certo, a vontade do Pai Nosso, falará mais alto que tais imposições.

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